Cálculo renal
Até 20% das pessoas podem apresentar litíase urinaria (ou “pedra nos rins”) em algum momento de suas vidas. É mais frequentemente observada entre a terceira e a quinta décadas de vida e predomina no sexo masculino numa proporção de 3:1 em relação ao sexo feminino. Os fatores de risco mais importantes são os indicados abaixo.
• Hábitos alimentares:
- Baixa ingestão de água
- Excesso de consumo de sal e proteínas
• Antecedentes familiares
- Ocorrência de litíase urinaria em 50% os familiares de primeiro grau
• Hábitos pessoais:
- Sedentarismo
• Doenças sistêmicas
- Hiperparatireoidismo
- Ressecções intestinais
- Gota
Sabemos que cerca de 85% dos cálculos são compostos por cálcio, seguidos pelos cálculos de acido úrico, que correspondem a 10% do total. Aquele paciente com história de formação de cálculos de forma recorrente ou menor do que 20 anos de idade pode se beneficiar de uma avaliação metabólica, ou seja, pesquisar o motivo da formação de seus cálculos.
De maneira geral, os pacientes são orientados a iniciar atividade física aeróbica regular, hidratação objetivando diurese de ao menos dois litros ao dia, restrição de sal e proteína na dieta e utilização de sucos cítricos como os de limão e laranja.
Existem diversas modalidades de tratamento do cálculo renal, desde o uso de remédios até realização de procedimentos cirúrgicos, variando de caso a caso.
A Litotripsia Extra-Corpórea (LECO) é um procedimento muito utilizado e consiste na fragmentação dos cálculos em caráter ambulatorial através de um aparelho denominado litotritor; evita-se, assim, a necessidade de procedimentos cirúrgicos.
Outra alternativa terapêutica é a Nefrolitotripsia Percutânea, indicada para cálculos de maior tamanho ou que não respondam à LECO. Trata-se de procedimento cirúrgico no qual objetiva-se o acesso renal e a extração dos cálculos através de uma pequena incisão na região lombar.